A Dura Vida a Dois

A Dura Vida a Dois
Porque por mais que você ame seu parceiro, nada NUNCA é perfeito...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sex and the City

Acabei de assistir a continuação do filme, baseado em um seriado que simplesmente revolucionou minha vida. Sex and the city 2.
Nossa, me lembro de assistir esse seriado no canal 21, lá pras 22:30, toda quarta e quinta.
A primeira vez que vi esse seriado, devia ter o que, meus 15 anos...E simplesmente me identifiquei com ele. Não conseguia perder um, e quando perdia ficava fula da vida.Foram anos assistindo escondida no quarto, juntando dinheiro pra alugar na locadora, baixando pela net.E a cada episódio me identificava com uma das personagens.
Há quem não goste do seriado, quem goste mas odiou os filmes, um, outro ou os dois, mas é o que eu digo, quem é fã pra valer, gosta e segue.
E meu sonho, desde aquela época, era ter uma vida igualzinha a delas, amigas, solteironas, bem-sucedidas e donas do próprio nariz. Ter sua independência, sua casa, suas coisas... Morar em Manhattan... Oh Manhattan... Aqueles prédios históricos, as ruas largas, cheias de árvores... A ferveção no centro da cidade a noite, seja sábado ou terça-feira.
E realmente, assistindo o filme fiquei matutando, qual das eu me pareço mais e sinceramente, acho que somente alguém que me conhece realmente e conhece o seriado pode dizer isso. Mas eu já tive uma fase pra cada uma delas.
Samantha = Prazer é o nosso negócio! Não quero saber de relacionamentos, quero saber de sexo, curtir a vida. Sabe o que lhe dá prazer, o que gosta e o que não gosta de fazer e não tem papas na lingua. Fala e faz acontecer.
Charlotte = Doce, meiga e tímida. [bom, tímida acho que nunca fui] Sempre a procura do seu amor verdadeiro, com medo de envelhecer sozinha e sonhando em ter sua própria família.
Carrie = Tem um pouco de Samantha e de Charlotte, mas é aquela que sofre por amor, com um medo incondicional de relacionamentos sérios, mas que é apaixonada por alguem que no momento só quer curtir o que tem de bom na vida, e que é exatamente como ela, "nada de relacionamentos", mas pra ele, ela abriria a exeção.
Miranda = Ela, deixei por último, pois pelo que entendo dela, ela tem um pouco de cada uma, é focada na carreira, se apaixona por acaso, acaba engravidando e dali aprende a conviver e se apaixonar novamente pelo parceiro.
Eu pensando, apesar de me identificar com todas, tenho cara de Carrie, pois no seriado ela se define em apenas uma palavra: INDESISA.
Quer curtir a vida, mas tem medo de envelhecer e ficar sozinha, mas ao mesmo tempo tem medo de entrar de cabeça em um relacionamento. Apaixona-se por uma pessoa, mas é perdidamente apaixonada por outra que aparece esporadicamente em sua vida, para um "caso casual" e some. Quando ela resolve finalmente se firmar com a nova paixão, a antiga reaparece prometendo mundos e fundos, ela simplesmente ferra o novo amor pelo antigo, que depois de um tempo, mais uma vez ferra com ela e some. E aí acaba ficando sem um nem outro.
Depois de anos, eles resolvem se firmar e quando parece que está tudo bem, ela começa a reclamar da rotina de 2 anos de casamento [assim como eu].
E também assim como eu, eles decidem ser apenas os 2, somente os 2, nada de filhos.Como ela mesmo diz "amamos crianças, mas achamos que não é para nós". Eu também acho que filhos não é para mim, não sei como me sairia como mãe. Se já entro em crise com meus probleminhas de rotina de relacionamentos, imaginem com uma criança? Claro que ainda sou nova e ainda não descartei a oportunidade de ter um catarrento correndo pela casa, mas a todos que perguntam se quero eu digo simplesmente "não".
E aí, depois te tantos anos, num lugar no fim do mundo, ela reencontra com o ex e mais uma vez ferra com o relacionamento. Ela se arrepende, conta ao atual, pede desculpas. Ele a desculpa, afinal foi apenas um beijo, mas e aí? Só depois de saber que poderia perder o que ela lutou durante quase 10 anos, pra sussegar? Se conformar?
O que devemos fazer, quando temos aquela dúvida imensa se é isso mesmo que queremos pra nossa vida? Uma vida inteira, e provavelmente só vocês dois e somente os dois.
Eu ainda não descobri, e sinceramente não sei se descobrirei, mas vou levando, um dia de cada vez.
Sei que amo esse seriado e cada vez que vejo, meu coração aperta e minha mente vagueia nas adoráveis ruas de Manhattan, imaginando que poderia ser eu ali, com mais 3 boas amigas, na qual saímos juntas, tomamos café da manhã juntas e conversamos sobre tudo.
E que venha Sex and tha City 3.... Será???

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

The old Lady...



Hoje vou parar de olhar pro meu umbigo... Parar de reclamar da minha vida e refletir.

Logo cedo, no serviço, recebi uma ligação da minha mãe... Minha vó, com 86 anos e até então sã e sadia na medida do possível, tava internada. Meu coração gelou conforme ela foi me contando as coisas, ela tava mal e viajando na maionese, não tava falando nada com nada, num momento de distração, fugiu do soro e foi encontrada no jardim atrás do "tio Alaor" [marido da irmã do meu vô, ambos já falecidos] montado em seu cavalo. Meu mundo parou, pois até então, apesar de só ter os avós maternos, quando perdi os paternos era pequena demais pra lembrar, nunca tinha passado por essa situação, não sabia o que pensar, o que falar ou como reagir.

Trabalhei até a hora do almoço e corri pra casa da minha mãe pra ir no hospital ver ela.

Descendo pra enfermaria meu coração apertou e a vontade de chorar foi enorme, vendo em cada quarto, de 4 a 5 senhoras, de bastante idade, jogadas nas macas a "Deus dará", umas com o olhar distante, outras dormindo de um jeito que pareciam mortas...

Apesar dela ter delirado muito ontem, mas mesmo assim, ter lembrado de mim, estava com medo dela não me reconhecer, pelo jeito que ela se encontrava ontem... Foi um alívio ver o brilho nos olhos dela quando me viu entrar no quarto, ela estava na maca, sentada tomando uma vitamina, que com o jeitinho dela, reclamando que estava ruim. Conversei bastante com ela e ela parecia bem, estava falando apesar de bem baixinho, falando coisa com coisa, ela só não lembrava o que estava fazendo lá.

Saí de lá bem mais aliviada, mas voltei olhando para os quartos, aquelas pobres senhoras sozinhas, sofrendo...

Eu sempre tive medo de envelhecer e conforme os anos passam esse medo aumenta mais, não gosto nem de pensar no caso mas naquele momento foi inevitável.Ficar velha, sozinha, jogada em algum hospital...É muito triste.

Nem sei qual o ponto desse assunto todo, só sei que precisava desabafar...

Família é uma só... Por mais que a vó ou a mãe seja chata, esteja caducando, nunca a esqueça, faça um esforcinho, visite, ligue, pois num dia agente tá bem, no outro...

Vi minha vó na quinta, mas assim, fui disse oi e tchau, nem perdi 5 minutos do meu dia atarefado pra ouvi-la falar as mesmas coisas como "tá rica já? nunca mais veio aqui" ... ou "eh, trabalhar é bom mesmo, faz bem pra mente da gente, trabalhe bastante!"... E se essa fosse a última vez que visse ela?

Sei de uma coisa, agente tem que fazer o máximo agora, pra ter uma vida boa e saudável, pra quando ficarmos mais velhos, não sofrermos e termos que depender de hospital, mas eu sei que, EU não quero viver muito, quero viver o que der pra mim viver, o que for pra mim viver. Além de não gostar, nem quero me imaginar vivendo tudo isso.

Por isso digo, família acima de tudo, tanto a sua familia, como você e sua família, seu marido e seus filhos, pois deve ser muito triste ficar esperando o horário de visita e ninguém entrar pela porta pra lhe ver.

Outra coisa que vi também e que tocou, foi uma senhorinha de bengala, indo lá visitar o marido que estava sozinho no corredor de cadeira de rodas...Por mais que tenhamos amigos, parentes, primos, filhos...No fim é você e seu marido/esposa e mesmo eu reclamando tudo que reclamo do meu, disso eu tenho certeza, nunca serei abandonada por ele, qualquer coisinha ele já fica preocupado e sei também que eu nunca o deixaria. Agente tem que encontrar alguém que nos complete, que nos compreenda e que sentimos que aquele sim é pra vida toda e agarrar com todas as forças, pois no final é o que nos sobrará.